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Existe algo que, quando bem elaborado, torna-se responsável por até 70% das vendas nas lojas, segundo pesquisas. Consegue imaginar o que pode ser tão decisivo? Em resposta à pergunta do título, sim, são as vitrines as responsáveis por boa parte do desempenho dos lojistas.
Tradicionalmente, a vitrine é aquele espaço na entrada ou nas laterais das lojas onde são expostos alguns produtos com o objetivo de atrair clientes. Além das tradicionais vitrines de vidro, basicamente qualquer cantinho do PDV onde se possa realizar uma exposição ordenada de produtos à venda pode ser considerada uma vitrine.
A vitrine não é um catálogo, ou seja, não foi feita para que todos os itens da loja sejam expostos. Ao contrário, deve haver uma seleção de produtos que sejam considerados prioritários para atender aos objetivos de comunicação e marketing da loja. Toda vitrine precisa de um conceito, ou seja, de uma temática específica, pois não se pode sair atirando para todos os lados. Para impactar o cliente, a vitrine deve contar uma história, na qual o produto seja o protagonista.
Com a persuasão em mente, qualquer pessoa que deseje organizar uma vitrine deve ter o objetivo de despertar o desejo/necessidade de compra.
Para dar vida a esse conceito, a vitrine nem sempre consiste apenas nos produtos em si, mas também em outros elementos que ajudam a compor um contexto. Um cenário, elementos decorativos e um bom projeto luminotécnico que conduza o olhar de quem observa os produtos ajudam a “contar essa história”.
Por isso, é essencial que a vitrine esteja sempre limpa, decorada, organizada e sempre mantenha uma hierarquia, tendo o produto como protagonista. Por isso, utilize elementos decorativos com moderação, sem exageros.
Mantenha sempre em mente que o objetivo da vitrine é atrair as pessoas e estimulá-las a entrar na loja. Por isso, evite “entregar o ouro” na vitrine, apenas aguçando a curiosidade de quem por ela passar.
As vitrines dizem muito sobre as lojas: se são baratas ou caras, se são organizadas ou bagunçadas, se são ecléticas ou focadas num único tipo de produto, se estão se atualizando constantemente ou se estão ali com os mesmos produtos há meses, entre outros.
Por conta disso, é preciso entender que não existe vitrine certa e vitrine errada, mas existe a vitrine que estabelece um diálogo com o público-alvo, estimulando vendas, e a vitrine que não tem esse poder e está ali como mera decoração.
Para que a sua vitrine seja um sucesso, coloque-se no lugar do consumidor em potencial. Analise a vitrine e reflita: o que essa vitrine diz sobre a loja? Ela desperta o desejo de comprar determinado produto? Analise esses aspectos e realize alterações sempre que necessário, mantendo as vitrines atualizadas. Arrisque-se e faça experiências, verificando aquilo que dá certo e quais ideias não foram tão bem-sucedidas.
